Movimento? Pra que? De quem? Dos cegos, surdos e mudos?

Maçonaria leva história da independência para o desfile de 7 de Setembro

Porto Velho, Rondônia, quarta-feira, 7 de setembro de 2011 - 11:35

Jornal Rondônia Agora

"Mais de 200 maçons e jovens das ordens “Demolay” e “Filhas de Jó” participaram, nesta quarta-feira, do desfile de 7 de setembro, em Porto Velho. Liderados pelo Grão Mestre da Glomaron, Juscelino Moraes do Amaral, os maçons desfilaram com seus paramentos utilizados nas sessões, e levaram para o desfile um pouco da história da participação da Maçonaria no processo que culminou com a independência do Brasil. O desfile dos maçons no dia 7 de setembro faz parte da proposta da Grande Loja Maçônica do Estado de Rondônia de aproximar a Maçonaria das comunidades e também serve para mostrar que a instituição tem uma participação importante na construção de uma sociedade mais justa e mais humana..." "... No desfile de 7 de setembro, em Porto Velho, os maçons, bem como os jovens Demolays e Filhas de Jó, foram saudados pelas autoridades e aplaudidos pela população. O Grão Mestre da Glomaron, Juscelino Moraes do Amaral, disse que foi bastante positiva a participação da Maçonaria no desfile de 7 de setembro. Ele agradeceu principalmente pelo reconhecimento público das atividades da Maçonaria em prol do bem comum".                                             Matéria na íntegra na coluna lateral deste Blog.

Certamente que devemos festejar a independência de nossa pátria, nosso país natal, mas devemos amá-la acima de tudo como a nação que somos todos nós. Somos antes de tudo, a nação brasileira, o conjunto dos indivíduos que habita o mesmo território, fala a mesma língua, tem o mesmo costume e obedece à mesma lei, à mesma constituição federal. Somos a sociedade politicamente organizada que adquiriu consciência de sua própria unidade e controla, soberanamente, um território próprio, por isso somos a nação brasileira.

Poderíamos e deveríamos, nos festejos da independência da pátria, perfilar e desfilar pelas alamedas com nossos honrosos trajes se houvesse algo a comemorar ou a apoiar no governo de nosso país, e na maioria das instituições do poder, nos diferentes níveis governamentais, em todo o território nacional, em Brasília, nas dezenas de estados e nos milhares de municípios. Mas o que temos é a ameaça de manobras que procuram emplacar o aparelhamento do estado, o controle da imprensa, a institucionalização da corrupção. Por que será então que um pelotão maçônico desfila alegre como se integrasse o pensamento e a força da conjuntura política do país?

Só se justificaria sua marcha se adotassem o nariz de palhaço como protesto legítimo e expressão do sentimento que paira na população brasileira, ou melhor, todos mascarados com a máscara do “V” da vingança, ou "V" da virada, mais afeita ao propósito maçônico.

A atitude da potência de Rondônia mostra-nos como dirigentes maçônicos, apesar de bem intencionados, agem irrefletidamente, fora do propósito da Ordem quando promovem desfile como esse, sem protesto, em meio à turbulência política institucional e moral em que vivemos. Com que objetivo marchou esse pelotão? Com qual bandeira: da maçonaria ou do Brasil? Desejaram dizer o que à sociedade? Que tudo vai bem a nossa idolatrada e varonil pátria? Que a política de nosso país é exemplo de probidade ao mundo? Que a maçonaria é guardião da moral e da ordem social? Que os poderes da República agem com isenção, sem suspeição nos assuntos que envolvem políticos poderosos, ricos e marginais?

Se a participação foi só com objetivo da festa em si, de só aparecer, aliás, como tem sido a práxis da maçonaria nos últimos tempos, nosso país tem melhores eventos para tamanha disposição: os desfiles de carnaval das escolas de samba do sudeste, ou as festas do “Boi-Bumbá” nos estados do norte e nordeste. Talvez todos fantasiados de "vaquinha de presépio" seria uma alegoria vencedora nos carros alegóricos.

Disse o líder desse pelotão maçônico, que a participação nesse desfile faz parte de um movimento para aproximar a maçonaria das comunidades. Movimento? Pra que? De quem? Dos cegos, surdos e mudos? Será que a maçonaria está cega aos fatos políticos que destroem nossa sociedade, está surda ao clamor da sociedade que implora alguma atitude, está muda porque a calaram com gente despreparada cega e surda social? Será que a maçonaria está se fazendo de cega porque é fraca para enfrentar a realidade, está se fazendo de surda porque tem atenção apenas aos seus próprios interesses ou está se fazendo de muda porque é covarde, tem medo?

Esta notícia está na lateral deste blog, abaixo do relógio no quadro “Notícias relacionadas à Ordem”; acompanhem os comentários de vários irmãos, e percebam que alguns são conscientes, outros, bem... "viajam na maionese", como os idealizadores dessa marcha para coisa alguma! Realmente, essa maçonaria já cansou! Como diz o matuto de minha terra, "já deu flor!" Não há nenhuma esperança para a maçonaria de atitudes furtivas, que se esconde por sua incapacidade de portar o estandarte e de usar as armas dos antepassados nos campos de batalha que sempre foram sua razão de existir;  é hoje um exército sem batalhas, desarticulado, despreparado e medroso; é vergonha para a memória dos antigos no oriente eterno, vergonha para os familiares, para os amigos e para si como cidadãos; suas antigas crenças não existem mais, sobrou festividades vazias, como essa, sem propósito social.

Vamos usar o símbolo do botão da rosa vermelha, o mesmo do filme "V" da vingança, que representa a virilidade, o entusiasmo, o desejo, o amor, o respeito, a consideração. Falo dos sentimentos que nos movem com a energia que não supúnhamos e nos fazem incansáveis nas lutas que travamos.



E então, Irmãos mascarados, onde vocês estão?

ACORDA MAÇONARIA!!!

Ir. Edson Monteiro