OS DIFERENTES TIPOS...

Lamentamos profundamente que o “mundo exterior” reflita-se na ordem macônica; não há diferenças entre alguns profanos e alguns tipos dentro da maçonaria. E por que? Simples: descuido dos que trazem novos adeptos às fileiras maçônicas. As instituições maçônicas refletem o mundo exterior, com o de bom e o de mal, como em toda organização humana, sendo que, é claro, preferíamos que espelhassem com maior ênfase tudo de melhor, ou muito melhor.

A imagem propagada no mundo é que o maçom é uma pessoa grave de gestos solenes, conhecidos como os "homens de preto"...  de terno e gravata, sérios, misteriosos, com muitos segredos. Maçons praticam todas as formas da "arte real", desde o inocente comentário festivo, até o vicioso e cruel humor negro, passando pelo fino e duplo sentido do humor irreverente, para não mencionar o temido sarcasmo. Tudo é comemorado com boa disposição de ânimo e dentro de um arraigado espírito de tolerância e fraternidade... ou, pelo menos, deveria!

O paradoxo do caso é que os maçons, com todo o formal pelo que se lhes toma, imersos numa associação que conta com uma grande quantidade de solenidades, são capazes de mostrar que seu trabalho é essencial e sério, enquanto outros demonstram um lado mais frívolo, permanentemente brincando sobre o que estão fazendo, fazendo piadas e todo tipo de bufanice. O que divide os maçons tem muito a ver com os graves problemas do dia-a-dia do mundo profano. Segue uma pequena lista de qualificações, notando-se que em alguma dessas devemos nos incluir...

O SUPER - Este é o que conhecemos como um figurão. Como sempre, amável e educado. Na vida profana ocupa posições de relevo; talvez por isso não tenha tempo nem se sinta obrigado a freqüentar os nossos trabalhos. A tesouraria quase sempre está em dificuldades com ele; entretanto, sempre tem os seus defensores devido à posição de destaque que ocupa no mundo profano. Para apóia-lo há o bajulador, o subserviente e o lacaio.

O SATÉLITE - Também não é amigo da freqüência, mas é prestimoso, amável, contribui sempre e generosamente quando solicitado. Não emite opiniões, não vive a vida da Loja, não procura criar casos. Embora prime pela ausência, os responsáveis nunca estão dispostas a enquadrá-lo porque no fim das contas é um bom sujeito, sempre disposto a colaborar, sempre pronto a ajudar um Irmão e paga as contas.

O ENCOSTO - Também conhecido como irmão coitado, é carinhoso, chegado, gosta de se fazer de vítima para ter apoio ou conseguir favores, às vezes real necessidade, mas na hora em que se precisa do retorno, é o sempre "ainda não retornou".

O ‘NÃO SEI PORQUE’ - ‘Não sei porque ele ainda é maçom; nem você, e talvez nem ele saiba’. Não comparece; não colabora; dá trabalho ao tesoureiro; critica o que se faz e o que deixou de ser feito; ninguém sabe por que ele entrou e como conseguiu galgar os diversos graus, porque ali permanece e porque demoram em eliminá-lo.

O ‘PASTOR’ - É aquele que se acha a última reencarnação de Crística, quando começa a falar não pára mais, deveria fundar uma seita e não pertencer a Maçonaria; não aceita contradições, ‘conhece tudo’, ’sabe tudo’ ou já ‘viveu isso’, quer que os irmãos pensem que existem duas maçonarias, antes e depois de sua iniciação, fala pelos cotovelos e não diz nada, poderia ser chamado de Maçom Enche o Saco!

O DA SEGUNDA-FEIRA - Também poderia ser chamado de Maçom Standart. Comparece pontualmente a todas as reuniões. Maçonaria para ele se resume nisso: fica no seu lugar, não quer encargos, comissões, enfim não quer trabalhar. Não apresenta propostas; não entra em debates, discussões; nunca apresenta trabalho de cunho maçônico. Participa das votações porque é obrigado. O único serviço que presta à Loja é ser pontual com a tesouraria e dar boa referência às reuniões.

O CIFRÃO - Também conhecido como Maçom Comercial, é aquele que está na Maçonaria apenas para vender o seu peixe, os irmãos não passam de clientes, comparece pontualmente a tesouraria para mostrar que está bem, conhece pouco ou quase nada de maçonaria, não lê nada, não faz nada que não venha a render alguma medalha cunhada. A Loja para estes maçons denomina-se Loja X Ltda.

O BUFÃO - É aquele que não leva ninguém a sério, muito menos a Maçonaria, é alegre, de conhecimento profundo... só piadas; seria um excelente irmão se vivêssemos apenas de ágapes.

O DONO DA BOLA - Donos da Loja ou Cardeais. Onde vale a antiguidade e cargo. Geralmente ocupam cargos temporariamente ou ex-veneráveis forçados, não conseguem deixar o cargo e não larga o pé do atual Venerável Mestre, e quando possível fazem questão de dizer que na sua gestão era assim ou assado. Melhores que eles para dirigirem a Loja, ninguém. Acham-se donos da Loja, não admitem que se faça nada sem sua autorização ou consulta, e se isso acontecer, ficam contra o projeto. Irmãos de verdade para eles, somente aqueles que os apóiam.

O P.’.A.’.D.’.U.’. - Por ser intempestivo, arrogante, vaidoso e com um ego hipertrofiado, ao ponto de não reconhecer seus próprios erros. Este com toda sua soberba se acha: O Poderoso Arquiteto Do Universo.

O COMUM – Se constituem na maioria. É aquele Maçom que comparece, ajuda, estuda, realiza na vida profana e familiar, esta sempre a disposição quando solicitado, não se envolve em confusões, nem as cria, é o verdadeiro obreiro, um ótimo espelho para os outros.

O DEDICADO - Finalmente o Maçom com ‘M’ maiúsculo, sem subtítulos. Comparece às reuniões, vive os problemas da Loja, procura trabalho. Não rejeita encargos nem tarefas, aponta erros, aplaude êxitos. Assume responsabilidades, faz filantropia, sem segundas intenções. Não procura impor as suas opiniões. Muitas vezes se aborrece se desilude, mas, na próxima sessão, lá está de novo incansável. ‘É o que carrega a Loja às costas’. Procura estudar os rituais, o simbolismo, a filosofia maçônica. Não vive para exaltar os seus feitos para chamar atenção, nem para criticar os outros. O que seria da Loja e da Maçonaria se não existisse esta consciência? Não bajula e não é subserviente, tampouco se deixa levar pelo super maçom, pelo satélite, pelo encosto, não sei porque, segunda feira, pastor, cifrão, bufão, dono da bola, PADU e comum. Não forma e nem participa de grupo ou panelinhas.

Nessa lista se identificam muitos conhecidos "peso pesados" da conjuntura atual ... e, é claro, os simples mortais que somos nós mesmos!

Fonte: http://www.obreirosdeiraja.com.br/os-diferentes-tipos-de-macons-2/

Colaboração Ir. Giuseppe D'Agostino