sábado, 1 de setembro de 2012

BRASIL. POBRE PALAVRA?


A história se repete. Lembramos que na crise da saída de Jânio (saiu porque quis) a palavra "Brasil" era pouco lembrada. A luta era pelas benesses do Poder. No Palácio do Piratini discutia-se não o futuro do País, mas quem ficaria com o Instituto do Açúcar e do Álcool ou a presidência do BB etc. Brasil não existia para os políticos da época. Citamos Porto Alegre por razão simples: lá estava instalado o Quartel General de defesa da posse do Vice-Presidente.


Estamos em crise moral como estávamos naquela época. Vivemos o destino do "mensalão" e ninguém se lembra do futuro do Brasil. Roubaram e muito. Nestes casos o dinheiro era do povo, pois roubaram a nação. O dinheiro é de todos nós e não da quadrilha chamada pelos dois Procuradores Gerais da República. Se fosse só um teríamos dúvidas, mas foram dois que classificaram o grupo como "QUADRILHA".


Todos falam. Alguns defendem (os advogados dentro de suas profissões como, também, poderiam não defender, dependendo do vil metal) outros atacam, mas defesa e acusação não falam em devolver o dinheiro do País. Quem se encontra em jogo não é o senhor A ou B. A gravidade do problema é o destino da nação brasileira. Todos estão conscientes de que cabe a cada ministro votar a favor ou contra. Eles precisam pensar que o seu voto pode ser decisivo para o destino da nação. Vamos levantar duas hipóteses:


1 – Vitoriosa a tese de que o "mensalão" foi um ato criminoso praticado por uma quadrilha. O resultado terá reflexo positivo no espírito da população brasileira e muitos dirão que “há um juiz em Brasilia”, parodiando a resposta do moleiro ao todo poderoso imperador Federico II da Prússia. O mais importante ainda seria o crescimento da confiança no STF tão desgastado, atualmente. A vitória desta hipótese seria a derrocada do partido político que se encontra no poder. A esperança aparece. O começo faz o povo brasileiro rir e todos aguardam o mesmo caminhar.


2 - Vitoriosa a tese de que o "mensalão" foi apenas um crime eleitoral não praticado por uma quadrilha e sim pelos partidos políticos. Uma multa e todos absolvidos. Seria a total descrença no STF que veria fortalecer outras ações criminosas. Esta tese pode ser considerada afastada, pois ainda não terminou o julgamento. Seria a impunidade no campo político. Seria a glória para o partido político que se encontra no poder.


A situação é grave e todo o nosso futuro dependerá da decisão do Supremo Tribunal Federal. Onze brasileiros estão julgando não tão somente os roubos praticados por maus brasileiros, mas o destino do País.
Ir. Torres de Melo

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