sábado, 7 de setembro de 2013

CARIDADE

É interessante ver que para alguns de nossos IIr. o importante sempre vai ser o número de comendas que tem, o avental que veste, o Gr. que possui no filosofismo e por aí vai. Tais IIr. facilmente confundem o nobre ato de realizar um gesto de nobreza com uma oportunidade de auto promoção, diante desta observação levanta-se a questão que seguirá, como é possível para um praticante da Arte Real tal confusão, a vaidade tomar o controle até mesmo quando o Livro da Lei nos fala em Mateus 6,3, onde diz que quando der esmola que sua mão esquerda não veja o que a direita deu, para que tua esmola seja dada em secreto e somente o GADU a veja.
Nossa Ordem se intitula caridosa, porém é necessário que se faça uma análise íntima de cada obreiro a fim de avaliar quanto ao fundamento de tais atos de generosidade e caridade.
O dicionário Aurélio define caridade como: s.f. Teologia amor a Deus e ao próximo: a caridade é uma das três virtudes teologais.
Na expressão comum, amor ao próximo: agir por pura caridade.
Esmola, favor, benefício: fazer a caridade.
Bondade, compaixão. E seus sinônimos são: filantropia e humanitarismo.  Praticamente um pilar da ordem maçônica.

Nota-se então que tal atitude está intrinsecamente ligada ao GADU que é quem nos dirige e incita a realizar tais ações quando realizadas de coração, então por quê facilmente notamos que a caridade facilmente se confunde com vaidade?

A definição de vaidade segundo o mesmo dicionário citado acima é: s.f. Característica daquilo que é vão; que não possui conteúdo e se baseia numa aparência falsa, mentirosa.
Excesso de valor dado à própria aparência, aos atributos físicos ou intelectuais, caracterizado pela esperança de reconhecimento e/ou admiração de outras pessoas: demonstra excesso de vaidade ao falar; decidiu fazer caridade por vaidade pura.
Auto-crítica ou opinião envaidecida que alguém possui sobre si mesmo: sua vaidade sempre está acima de tudo!
Ideia exageradamente positiva que alguém faz de si próprio; presunção, fatuidade, gabo: não teria a vaidade de intitular-se sábio.
Algo sem significado; futilidade: ele é composto por inúmeras vaidades.
(Etm. do latim: vanitas.atis).  E seus sinônimos são: alardeinanidadejactânciaorgulho, ostentação, soberbia, ufania e vanglória.


Como então duas palavras de origens e significados tão diferentes podem fazer parte do mais intimo do maçom, e estar tão ligadas a ponto de as vezes nem serem percebidas por ele mesmo?

A simplicidade e a dependência no Ser Superior, o Grande Geômetra, aprendida pelo maçom quando ainda no grau de Apr. deve pautar suas ações durante toda sua senda maçônica e profana. Quando guiamos nossas ações de caridade imbuídos pelo espírito que o GADU nos deu, e não guiados pela nossa matéria que é egoísta e supérflua. Afinal maçonaria não é a eterna busca da sobreposição do espírito sobre a matéria? Obras assistenciais e de caridade auxiliadas por nossas Oficinas não devem ser usadas como escusa para o auxilio de um necessitado, o saco da viúva nada mais é do que uma obrigação do maçom, mas isso não quer dizer que deva ser encarado como tal.

É uma obrigação sim, mas o verdadeiro maçom a vê como um prazer, pois não há nada mais edificante do que poder ajudar um necessitado, uma criança desprovida de sorte, ou seja, lá qual for o destino dado ao óbolo.
  
Quando dizemos que somos reconhecidos por TT.´.SS.´.PP.´., mas também por gestos e ações, isto quer dizer que no mundo profano também as pessoas devem nos ver com bons olhos, é muito bonito um saco de beneficência recheado de óbolos em Loj., mas e quanto às ações a olhos profanos? Que nossas ações sejam pautadas sempre no espírito para que estas estejam sempre agradando ao GADU pois a matéria nunca fará as coisas do espírito.

 Ir.Fabio Gabriel 

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