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Maçonaria tem o que comemorar?
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Dia 20 de agosto comemora-se o Dia do Maçom, o denominado obreiro da paz
e artífice do bem.
Lendo os escritos
sobre os feitos da maçonaria, constatamos que ela está vivendo das
glórias do passado, não sendo hoje, nem uma pálida sombra dos seus
antigos dias. E esta realidade é mundial.
Se compararmos a maçonaria brasileira atual com a de outros tempos,
veremos que antigamente os maçons eram estimulados pela conspiração
política, onde conviveu-se com lutas pela Independência do Brasil, pela
Abolição de Escravatura e pela República. No passado, todos abraçavam a mesma causa, mesmo maçons com pontos de
vista diferentes, como Joaquim Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrade
e Silva.
Outrora era a maçonaria que liderava os movimentos sociais, porém, o que
vemos hoje são os jovens que saem as ruas, protestando por melhorias,
pelo fim da desenfreada corrupção e pela reforma política.
Já dizia Martin Luther King: “O que mais preocupa não é o grito dos
violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética, mas
sim o silêncio dos bons.” Há de se indagar então: A maçonaria está
passando por uma crise de valores e de adaptações a este mundo moderno?
Entendo que somos todos culpados por este marasmo porque passa a
maçonaria. Compete a todos os maçons mostrarem os caminhos que a
maçonaria deve seguir, pois os maçons são a maçonaria e ela sempre será,
o resultado de suas ações. Fazer filantropia é importante mas não é o
bastante.
A nova maçonaria não deverá emergir pela revolução, mas sim pela
transformação de ideias, contudo para isso é preciso uma reforma
intelectual e moral.
É hora de olhar para frente e lutar por uma maçonaria mais ativa e mais
respeitada. A palavra ensina, mas o exemplo convence.
Gandhi já dizia. Seja você a mudança que deseja ver.
Nesta data que se comemora o dia do maçom, vale a pena refletir sobre
esta dura realidade para, doravante, não ficar comemorando somente os
feitos do passado, que foram sim, grandiosos e importantes para o Brasil,
e devem ser sempre exaltados, porém, a maçonaria contemporânea é capaz de
novos feitos, sem fugir da tradição e do conservadorismo, e para que isto
aconteça, cada maçom deste Brasil, deve dar a sua parcela de
contribuição.
Precisamos despertar novamente o sentimento de brasilidade, a vontade de
liderar e não de simplesmente chefiar.
Ir. OTACÍLIO PERON
advogado em Cuiabá-MT
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Um comentário:
Irmão, muito bom o artigo, porem precisamos fazer.
Escrever todo mundo escreve.fazer é que são elas!
Entendo que podemos realizar, partindo do simples, vendo o interesse comum, deixando o próprio interesse em segundo plano, se o coletivo for melhor.
Um TFA a todos.
jgomesvs@gmail.com
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