"Cartoons" fazem o retrato de duras realidades, são como "causos" que de forma lúdica dizem verdades incontestes que seriam até engraçadas se não traduzissem a desgraça, o caos e o avesso de valores de um grupo... brincadeiras sempre tem um fundo de verdade!
Muitos talvez já se acostumaram às piadas, outros ao que parece estão dispostos a fazer de tudo uma grande brincadeira, pois demonstram que não conseguem viver sem um imenso parque de diversões, e parece até que tentam consolidá-lo e nele se perpetuarem. É muita piada e brincadeira de "faz de conta". Ninguém parodia o que desconhece, estamos conseguindo transmitir exatamente a realidade em que nos afundamos.
Nesse vídeo podemos ver claramente a demonstração da inutilidade de propósitos, ver também personagens imbuídos de vaidade, do oportunismo e da intolerância, comportamentos que são percebidos pela sociedade que atualmente tem desprezado nosso papel, que não reconhece nossos propósitos, que desaprova nossos métodos, que ridiculariza nossa Ordem.
O dia a dia tem sido levado num impensado e inconseqüente encadeamento de passos sem sentido, sem propósito, fazendo de objetivo a constante participação em reuniões econômicas e festivas brancas, fazendo de foco exclusivo a busca de cargos, de graus, de títulos e de coleção de mimos, fazendo de ocupação permanente a arte de atuar numa construção, que, infelizmente, não diz respeito à propagada "construção social", e sim à construção das próprias e egoístas pretensões. Construções têm havido, certamente, mas de facções que se antagonizam numa espécie de times adversários, talvez concorrentes, ou até mesmo inimigos. Temos grupos que procuram manipular de toda a sorte os regulamentos para excluir alguns eventuais dissidentes ou para se perpetuarem em algum tipo de poder. Isso é política da qualidade da que acostumamos ver estampadas nas revistas semanais, nos jornais e na televisão.
Parece que temos, ultimamente, mais elementos sintonizados a Hugo Chaves do que a José Bonifácio de Andrada e Silva. Refletindo sobre a incoerência vivida na vida maçônica, percebe-se que é necessária uma reengenharia da construção do templo interior de muitos, repensar alguns valores, redirecionar escolhas. Precisamos das atitudes geradas no bom senso, no desprendimento, na franqueza e na verdadeira fraternidade. O exercício da maçonaria precisa ser coerente com os rituais, com os regulamentos, com a constituição maçônica, especialmente com o dever de defesa da democracia; devem fazer coerência os discursos e as atitudes, porque senão... tudo vira mesmo uma grande piada!
Ir. Edson Monteiro
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