Termina outro ano com problemas e desilusões que passaram finalmente; mas tiveram as realizações, um pouco aquém do pretendido por alguns, mas que passaram também. Termina ano, muda ano, espera-se o novo recomeço, do melhor não tido, do sucesso não alcançado. Terminam-se os anos sempre à espera dos novos anos que parecem nunca vir exatamente como imaginados. Alguns esperam a mágica mudança do escuro para o claro, do atoleiro para o sucesso. Espera-se, espera-se... mas nunca se contabiliza o conquistado... insaciavelmente, espera-se demais das coisas e das pessoas, e pouco de si.
A vida se cumpre num determinismo mesclado ao livre arbítrio, mistura de destino com liberdade de escolhas, um pouco lá, um pouco cá, um movimento de polaridade sem parada, em ciclos contínuos que fluem sem parar com todos os instantes operativos, sem folga, sem interrupção. Como poderia uma simples mudança no calendário mudar a vida das pessoas? Não pode, não muda. A esperança do melhor está na verdade apoiada no longo e contínuo cultivo das boas práticas para as melhores colheitas, procurar ser o melhor semeador e não o mais crédulo iludido em forças mágicas. Tudo segue o Princípio de Causa e Efeito: nada acontece no Universo que não tenha tido uma origem prévia, nada surge que não tenha tido uma causa; é assim com nossas vidas: colhemos daquilo que plantamos.
Passamos por incontáveis experiências, aprendemos em diversos tipos de escolas, com conselhos e cabeçadas... Ah, as cabeçadas, a pedagogia da vivência, escola da vida! Começamos a dar bons conselhos quando a idade nos impede de dar maus exemplos, não por falta de ímpeto da juventude, mas pelo aprendizado tido nas desastrosas ações irrefletidas de nossas inexperiências; passamos a poder dar os conselhos que não ouvíamos.
Nossas vidas serão mais favoráveis se cultivarmos as amizades dos verdadeiros amigos, uma riqueza sem preço: com eles você joga conversa fora, curte uma sauna, um boteco, um passeio, um jogo, uma Loja; com eles se instrui, aprende, ouve conselhos, torna-se mais ponderado; com eles se conforta nas aflições e nos momentos de sofrimento; com eles se ampara em demandas onde dinheiro não faz diferença; com eles se sente vivo, útil, participante num grupo cujo único interesse é partilhar a companhia, um time; com eles nosso futuro tem mais chance de se viabilizar; os amigos sempre estão pra tudo!
Os caminhos que percorremos têm riscos, sempre novos e experimentais, sujeitos a acertos e erros, vitórias e desastres, é assim mesmo; mas quando juntos, erramos menos, nos ajudamos, avançamos mais; os amigos não nos abandonam quando caímos, nos recolhem para chegarmos lá. O cuidado contra os maus não deve ser esquecido, mas não deve nos tornar insensíveis e refratários aos imperfeitos bem intecionados que somos todos. Em todo o tempo, não numa data específica, é hora de repensarmos sobre tudo equivocado, errado ou improdutivo, redirecionarmos nossas energias, nossas atenções, corrigirmos com humildade nossas irreflexões; a todo momento devemos dar do nosso melhor para podemos contar com nossos pares, com o time que sempre coloca a amizade acima de questões pessoais. Mas é preciso cultivar a lealdade: sem ela, sem amigos!
À todos os amigos com quem partilhamos as matérias, os comentários e as discussões democráticas neste blog durante todo o ano de 2011, e a todos os meus irmãos amigos leais da Loja Academia dos Esquecidos Millenium nº 536, com quem partilhamos amizade com profunda lealdade, desejo que todos os dias do ano que se inicia sejam profícuos e preparatórios para os objetivos que buscam em 2012, em 2013, em 2014..., que sejam concretizados os suados projetos, não simplesmente os sonhos, mas as obstinadas apostas. Que essas buscas lhes tragam o esperado, que venham a prosperidade financeira e a auto-realização. Saúde, paz de espírito e felicidade a todos.
Ir. Edson Monteiro
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