Que relação poderia haver nisso?
Basta ser consciente e sincero para identificar com facilidade a prática dissociada dos valores da doutrina, das regras e das leis que regulam as instituições maçônicas. A incompatibilidade entre o que se diz e o que se prega é gritante, escandaloso e vergonhoso. Mas perceber isso não é o bastante, é necessário combater essa dissociação que faz organizações ilógicas, inconsequentes e inúteis.
Como podem homens de bem viver em meio a tantas contradições?
Resta que uns se mantém no desencontro embalados pelos valores de Maquiavel, outros não se importam e são governados pelos primeiros, e por fim há alguns poucos que envergonhados, ansiosos, estressados e enfurecidos, decidem lutar... sozinhos!
Edson Monteiro
-o0o-
Dissonância cognitiva
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Trata-se da percepção da incompatibilidade entre duas cognições diferentes, onde "cognição" é definido como um qualquer elemento do conhecimento, incluindo as atitudes, emoção, crenças ou comportamentos. A dissonância ocorre a partir de uma inconsistência lógica entre as suas crenças ou cognições (por exemplo, se uma ideia implicar a sua contradição). A consciência ou a percepção de contradição pode tomar a forma de ansiedade, culpa, vergonha, fúria, embaraço, stress e outros estados emocionais negativos. A teoria da dissonância cognitiva afirma que cognições contraditórias entre si servem como estímulos para que a mente obtenha ou produza novos pensamentos ou crenças, ou modifique crenças pré-existentes, de forma a reduzir a quantidade de dissonância (conflito) entre as cognições.
A dissonância pode resultar na tendência de confirmação, a negação de evidências e outrosmecanismos de defesa do ego. Quanto mais enraizada nos comportamentos do indivíduo uma crença estiver geralmente mais forte será a reacção de negar crenças opostas. Em defesa ao ego, o humano é capaz de contrariar mesmo o nível básico da lógica, podendo negar evidências, criar falsas memórias, distorcer percepções, ignorar afirmações científicas e até mesmo desencadear uma perda de contato com a realidade (surto psicótico).
Exemplos
O maior exemplo de causa da dissonância cognitiva é quando uma nova informação, argumento ou evidência pertinente vai de encontro à crença religiosa de alguma pessoa. Quanto mais tempo ela tiver acreditado, e quanto mais enraizada e importante aquela crença para a pessoa, na maioria dos casos a dissonância poderá levá-la simplesmente à forma mais rápida e direta de esquecer essa nova informação recebida. O poder do cérebro é tamanho que normalmente ele vai preferir ficar estagnado em crenças absurdas ao invés de se adaptar a toda uma nova linha de pensamento que custaria muito tempo e energia, além de ferir o ego se a pessoa foi educada desde pequena a crer em determinadas coisas (mesmo sendo provado que são falsas).
Uma poderosa causa de dissonância é o conflito entre uma crença e um elemento fundamental do autoconceito ("eu sou uma boa pessoa"). A ansiedade causada pela possibilidade de ter consciente e deliberadamente prejudicado algo ou alguém pode conduzir a criar justificações ou racionalizações adicionais ao ato.
Outros exemplos de crenças contraditórias, causadoras de dissonância: A crença nos direitos dos animais é incompatível com a utilização de vestuário de peles ou com a alimentação omnívora. Num processo de tomada de decisão na aquisição de um produto, entre a insatisfação e a satisfação de compra, uma decisão racional pode ser justificada pela necessidade ou utilidade da compra.
Transvaloração
Por outro lado, Nietzsche fala em transvaloração, entendendo por isso o processo pelo qual a dissonância cognitiva passa para a história. Em outras palavras, o modo pelo qual os valores vão mudando ao longo do tempo. Nos primeiros choques, a consciência rejeita as contradições de seus "princípios" assentados em convicções. Depois, começa a envergonhar-se de suas evidências, e por fim a admitir o que antes seria impossível. O processo de mudança é por isso lento e de alta ansiedade.
Como mudar crenças
Mudar crenças disfuncionais enraizadas é uma das principais partes da terapia e expor as ideias conflitantes diretamente gera uma dissonância cognitiva muito desconfortável e pouco eficaz para mudar crenças. Por isso, ao invés de dar ordens os psicoterapeutas frequentemente se focalizam em fazer perguntas que levem o paciente a refletir guiando para conclusões mais saudáveis, respeitando o papel ativo do paciente.3 Por exemplo: Ao invés de falar "Pare de beber! Bebida faz mal a saúde." perguntar "Você já teve algum problema como consequência da bebida?" e "Você já pensou em parar de beber?"
Referências
- ↑ Advances in Experimental Social Psychology (livro), Volume 4 Por Leonard Berkowitz. http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=gogc3sC6S5AC&oi=fnd&pg=PA1&dq=cognitive+dissonance&ots=CD9mF-BKjR&sig=gxHOs5oDLFpUNDH0n0Vuf3LDhQM#v=onepage&q=cognitive%20dissonance&f=false
- ↑ Emerson F. Rasera e Marisa Japur. Desafios da aproximação do construcionismo social ao campo da psicoterapia. Estudos de Psicologia 2004, 9(3), 431-439.
A Raposa e as Uvas
Autor: Esopo [1]
Para superar Limites, primeiro precisamos Vê-los
Quando reconhecemos nossos limites, estamos prontos para superá-los...
Uma Raposa, morta de fome, viu, ao passar diante de um pomar, penduradas nas ramas de uma viçosa videira, alguns cachos de exuberantes Uvas negras, e o mais importante, maduras.
Não pensou duas vezes, e depois de certificar-se que o caminho estava livre de intrusos, resolveu colher seu alimento.
Ela então usou de todos os seus dotes, conhecimentos e artifícios para pegá-las, mas como estavam fora do seu alcance, acabou se cansando em vão, e nada conseguiu.
Desolada, cansada, faminta, frustrada com o insucesso de sua empreitada, suspirando, deu de ombros, e se deu por vencida.
Por fim deu meia volta e foi embora. Saiu consolando a si mesma, desapontada, dizendo:
"Na verdade, olhando com mais atenção, percebo agora que as Uvas estão todas estragadas, e não maduras como eu imaginei a princípio..."
Moral da História:
Ao não reconhecer e aceitar as próprias limitações, o vaidoso abre assim o caminho para sua infelicidade.
Ao não reconhecer e aceitar as próprias limitações, o vaidoso abre assim o caminho para sua infelicidade.
Moral da História Alternativa:
Ao não aceitar as próprias limitações, perde o indivíduo a oportunidade de corrigir suas falhas...
Ao não aceitar as próprias limitações, perde o indivíduo a oportunidade de corrigir suas falhas...
[1] Esopo, o mais conhecido dentre os fabulistas, foi sem dúvida um grande sábio que viveu na antiguidade. Sua origem é um mistério cercado de muitas lendas. Mas, pode ter ocorrido por volta do ano 620 A.C.
Várias cidades se colocam como seu local de nascimento, e é comum que o tratem como originário de uma cidade chamada Cotiaeum na província da antiga Frígia, Grécia.
Acredita-se que já nasceu escravo, e pertenceu a dois senhores. O Segundo, viria a torná-lo livre ao reconhecer sua grande e natural sabedoria. Conta-se que mais tarde ele se tornaria embaixador.
Em suas fábulas ou parábolas, ricas em ensinamentos, ele retrata o drama existencial do homem, substituindo os personagens humanos por animais, objetos, ou coisas do reino vegetal e mineral
Várias cidades se colocam como seu local de nascimento, e é comum que o tratem como originário de uma cidade chamada Cotiaeum na província da antiga Frígia, Grécia.
Acredita-se que já nasceu escravo, e pertenceu a dois senhores. O Segundo, viria a torná-lo livre ao reconhecer sua grande e natural sabedoria. Conta-se que mais tarde ele se tornaria embaixador.
Em suas fábulas ou parábolas, ricas em ensinamentos, ele retrata o drama existencial do homem, substituindo os personagens humanos por animais, objetos, ou coisas do reino vegetal e mineral
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