Lamentável discurso da
presidente foi só pra aproveitar o momento para requentar o tema dos médicos
estrangeiros que pegou muito mal há pouco tempo atrás. Especialmente pela óbvia
intenção de ajudar Cuba no que fazer com seus excedentes de agentes políticos
disfarçados de médicos. E ainda trazer de volta ao Brasil os filhos dos sem terra
que foram fazer medicina na Colômbia, Bolívia.
desabafo da Médica Juliana Mynssen e de Paula Lima na Internet
sobre o discurso da sra. Dilma Roussef.
Reforça a enorme premência de mudanças concretas neste pais. Será que temos mesmo uma janela de esperança?
Vale a pena ler.
Reforça a enorme premência de mudanças concretas neste pais. Será que temos mesmo uma janela de esperança?
Vale a pena ler.
De
Juliana Mynssen:
"O dia em que a Presidenta Dilma em 10 minutos cuspiu no rosto de 370.000 médicos brasileiros.
"O dia em que a Presidenta Dilma em 10 minutos cuspiu no rosto de 370.000 médicos brasileiros.
Há
alguns meses eu fiz um plantão que chorei. Não contei à ninguém (é nada fácil
compartilhar isso numa mídia social). Eu, cirurgiã-geral, "do
trauma", médica "chatinha", preceptora "bruxa", que
carrego no carro o manual da equipe militar cirúrgica americana que atendia no
Afeganistão, chorei.
Na
frente da sala da sutura tinha um paciente idoso internado. Numa cadeira. Com o
soro pendurado na parede num prego similiar aos que prendemos plantas (diga-se:
samambaias). Ao seu lado, seu filho. Bem vestido. Com fala pausada, calmo e
educado. Como eu. Como você. Como nós. Perguntava pela possibilidade de
internação do seu pai numa maca, que estava há mais de um dia na cadeira. Ia
desmaiar. Esperou, esperou, e toda vez que abria a portinha da sutura ele
estava lá. Esperando. Como eu. Como você. Como nós. Teve um momento que ele
desmoronou. Se ajoelhou no chão, começou a chorar, olhou para mim e disse
"não é para mim, é para o meu pai, uma maca". Como eu faria. Como
você. Como nós.
Pensei
"meudeusdocéu, com todos que passam aqui, justo eu... Nãoooo..... Porque
se chorar eu choro, se falar do seu pai, eu choro, se me der um desafio vou
brigar com 5 até tirá-lo daqui".
E
saí, chorei, voltei, briguei e o coloquei numa maca retirada da ala feminina.
Já
levei meu pai para fazer exame no meu HU. O endoscopista quando soube que era
meu pai, disse "por que não me falou, levava no privado, Juliana!"
Não precisamos, acredito nas pessoas que trabalham comigo. Que me ensinaram e
ainda ensinam. Confio. Meu irmão precisou e o levei lá. Todos os nossos médicos
são de hospitais públicos que conhecemos, e, se não os usamos mais, é porque as
instituições públicas carecem. Carecem e padecem de leitos, aparelhos,
materiais e medicamentos.
Uma
vez fiz um risco cirúrgico e colhi sangue no meu hospital universitário. No
consultório de um professor ele me pergunta: "e você confia?".
"Se
confio para os meus pacientes tenho que confiar para mim."
Eu
pratico a medicina. Ela pisa em mim alguns dias, me machuca, tira o sono, dá
rugas, lágrimas, mas eu ainda acredito na medicina. Me faz melhor. Aprendo,
cresço, me torna humana. Se tenho dívidas, pago-as assim. Faço porque acredito.
Nesses
últimos dias de protestos nas ruas e nas mídias brigamos por um país melhor.
Menos corrupto. Transparente. Menos populista. Com mais qualidade. Com mais
macas. Com hospitais melhores, mais equipamentos e que não faltem medicamentos.
Um SUS melhor.
Briguei
pelo filho do paciente ajoelhado. Por todos os meus pacientes. Por mim. Por
você. Por nós. O SUS é nosso.
Não
tenho palavras para descrever o que penso da "Presidenta" Dilma. (Uma
figura que se proclama "a presidenta" já não merece minha atenção).
Mas
hoje, por mim, por você, pelo meu paciente na cadeira, eu a ouvi.
A
ouvi dizendo que escutou "o povo democrático brasileiro". Que escutou
que queremos educação, saúde e segurança de qualidades.
"Qualidade"... Ela disse.
E
disse que importará médicos para melhorar a saúde do Brasil....
Para
melhorar a qualidade....?
Sra
"presidenta", eu sou uma médica de qualidade. Meus pais são médicos
de qualidade. Meus professores são médicos de qualidade. Meus amigos de
faculdade. Meus colegas de plantão. O médico brasileiro é de qualidade.
Os
seus hospitais é que não são. O seu SUS é que não tem qualidade. O seu governo
é que não tem qualidade.
O
dia em que a Sra "presidenta" abrir uma ficha numa UPA, for internada
num Hospital Estadual, pegar um remédio na fila do SUS e falar que isso é de
qualidade, aí conversaremos.
Não
cuspa na minha cara, não pise no meu diploma. Não me culpe da sua
incompetência.
Somos
quase 400mil, não nos ofenda. Estou amanhã de plantão, abra uma ficha, eu te
atendo. Não demora, não. Não faltam médicos, mas não garanto que tenha onde
sentar. Afinal, a cadeira é prioridade dos internados.
Hoje,
eu chorei de novo.
Juliana Mynssen"
2 comentários:
E diante de tudo que esta acontecendo com nosso país, onde pessoas morrem nas filas de hospitais, onde criminosos matam crianças em assaltos apenas porque a criança chorava, nós Maçons que nos consideramos livres e de bons costumes apenas nos sentamos em nossas Lojas, que são inatingíveis por essas questões, pois só pensam em si mesmas, cansei... está na hora de se fazer Maçonaria de verdade nesse país...
Ir.´. Fabio
Ir Fábio, boa noite
Convido então você a se reunir conosco... ou seremos líderes de uma nova maçonaria ou martires dela... mas as coisas realmente não podem mais ficar como estão. mande email pra mim para combinarmos encontro o endereço é o do blog pelaordem12@gmail.com
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