BRASÍLIA - Os
governos recuaram, mas a guerra continua, mais forte do que nunca. Os
manifestantes se descobrem com imenso poder, multiplicam-se pelo país,
desdenham os partidos e, ontem, ameaçaram cercar o Palácio do Planalto.
As tropas fiéis à presidente Dilma Rousseff tiveram de montar duas trincheiras: uma de defesa do Planalto, fisicamente; outra da própria presidente, politicamente.Enquanto os policiais fazem um cordão de isolamento para evitar que os manifestantes batam às portas ou nas vidraças do Planalto, os (poucos) políticos realmente dilmistas tentam neutralizar a base aliada e buscar um rumo para a presidente. Mas quem está no comando é Lula. O núcleo do poder já discute a conveniência, ou a emergência, de jogar o ministro Guido Mantega às feras, antes que as manifestações e as notícias desastrosas da economia se embolem numa só bomba e caiam dentro do Planalto, no colo de Dilma. As ruas do país estão em chamas, enquanto a Bolsa derrete, o dólar dispara e o índice de emprego --que se mantém muito bom-- já não dá para o gasto político. Foi engolido pelas más notícias na economia e pela frustração popular.
As tropas fiéis à presidente Dilma Rousseff tiveram de montar duas trincheiras: uma de defesa do Planalto, fisicamente; outra da própria presidente, politicamente.Enquanto os policiais fazem um cordão de isolamento para evitar que os manifestantes batam às portas ou nas vidraças do Planalto, os (poucos) políticos realmente dilmistas tentam neutralizar a base aliada e buscar um rumo para a presidente. Mas quem está no comando é Lula. O núcleo do poder já discute a conveniência, ou a emergência, de jogar o ministro Guido Mantega às feras, antes que as manifestações e as notícias desastrosas da economia se embolem numa só bomba e caiam dentro do Planalto, no colo de Dilma. As ruas do país estão em chamas, enquanto a Bolsa derrete, o dólar dispara e o índice de emprego --que se mantém muito bom-- já não dá para o gasto político. Foi engolido pelas más notícias na economia e pela frustração popular.
Eliane Cantanhêde, jornalista, é colunista da Página 2 da versão impressa da Folha, onde escreve às terças, quintas, sextas e domingos. É também comentarista do telejornal "Globonews em Pauta" e da Rádio Metrópole.
Um comentário:
Enfim o povo acordou e descobriu a força que tem!!!
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