sábado, 25 de maio de 2013

NO LIMITE...


"Os arranhões quase não doem tanto quando a gente não vê... Jamais ignorava um acordo, a não ser que tivesse a certeza de poder escapar impune... Um homem ficava vivo por mais tempo se vigiasse o traseiro... A gente pode se virar sem sexo num aperto, mas não sem ligações." 
NORA ROBERTS
Trecho do livro TESOURO SECRETO, editora BERTAND BRASIL, 2009.

-o0o-

Em todo meio, administrações se sucedem com  poucos dispondo como bem entendem dos recursos de muitos, o dinheiro de todos... é certo que prestam contas mas em balanços não  fidedignos que não retratam os pormenores de muitas pequenas transações que se diluem no meio de tantas outras maiores. Mas tudo tem limite, e enquanto ninguém desconfia, tudo vai bem, até que um dia  alguns começam a entender que já é demais, aí... (Os arranhões quase não doem tanto quando a gente não vê...);


A história se repete em toda parte... dirigentes que se sentindo atingidos  por ofensas, nada mais legítimo que procurem reparação... entretanto, com freqüência, resolvem optar por retaliação, extrapolam, abusam do poder, perdem a razão... e mais se complicam na escolha do descaminho. Julgam-se acima das leis e dotados de poder sem limites... mesmo descobertos, preferem rejeitar escusas e acordos... (Jamais ignorava um acordo, a não ser que tivesse a certeza de poder escapar impune...);


Vemos dirigentes mandatários soberbos não se cuidando, que não reconhecem os limites do público e do privado, usando e abusando das coisas dos outros, não se importando se gente próxima e colaboradores ponham os pés pelas mãos; esquecem-se da realidade da finitude do tempo... esses estranhos homens não temem quando retornarem ao meio dos comuns! (Um homem ficava vivo por mais tempo se vigiasse o traseiro...);


Mandatos fascinam e isolam os fracos. Acreditando auto-suficientes e protegidos na redoma em que se metem, seus limites bem definidos os afastam dos outros dispensáveis... desprezam colaboradores, desconhecem a camaradagem, renegam a amizade... todos têm apenas função utilitária e podem ser descartados. Ficarão sós e em grande risco por desprezarem o maior bem, o maior porto-seguro: os amigos, os contatos, as ligações! (A gente pode se virar sem sexo num aperto, mas não sem ligações.").

Ir Edson Monteiro

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