sexta-feira, 22 de março de 2013

NESTE MOMENTO, É BOM RECORDAR!

MATÉRIA PUBLICADA EM JULHO DE 2011

PEÇO PERDÃO PELO GRÃO MESTRE......

Somos o que somos. Somos o que conseguimos somar.
Às vezes olho para trás e vejo o pouco que fiz, e o muito que deixei de fazer quando poderia. 
A vida do arrependido é dura, cheia de remorsos, tristezas e amarguras. O pior sentimento não é o de ter errado pela ação mal planejada, intempestiva ou equivocada, porque aí o erro que contempla o passado pode corrigir o futuro e o remorso pode dar novo direcionamento à vida, desde que se esteja imbuído de humildade para reconhecer o erro. Então esse tipo de arrependimento é duro, mas próprio de quem tentou e reconhece que duas vezes o raio não o atingirá no mesmo lugar, porque é provado que raios podem cair mais de uma vez no mesmo lugar.
            O pior tipo de arrependimento é o que provém da omissão. As incertezas direcionam para um sofrimento atroz: ah, se eu tivesse feito, falado, agido, contestado. Ah, se eu não estivesse tão ocupado!
         São as oportunidades que escaparam e das quais jamais poderemos saber se as tivéssemos praticado no que redundariam. O que será que eu estaria fazendo agora?
Às vezes temos que agir pela emoção, pelo impulso, pela intuição que muitas vezes nos impulsiona, mas jamais devemos perder a razão, a lucidez, porque temos noção das conseqüências para cada ato que praticamos.
        Faço essa reflexão porque sou cotidianamente questionado e criticado por alguns pela adoção das medidas judiciais que redundaram na posse do atual Grão Mestre Francisco Gomes da Silva em seu primeiro mandato junto da GLESP. Muitos se lembram, principalmente os que me criticam, que num dado momento em que impugnei as eleições internas da GLESP esteve em minhas mãos requerer, ou a anulação das eleições, ou a anulação dos votos conferidos ao candidato que obtivera melhor resultado e que redundaria na vitória do atual Presidente. Optei pela segunda hipótese e, assim, obtivemos a anulação dos votos da chapa vencedora, permitindo que a chapa segunda colocada se sagrasse vitoriosa.
Não se procedeu assim para beneficiar ou prejudicar qualquer um dos candidatos. Ao contrário do que imaginam alguns, a impugnação das eleições pretendeu antes de tudo acabar com um período de trevas que envolveu a GLESP, tudo porque aquele nefasto Grão Mestre em nada contribuía para o engrandecimento da Ordem e de  seus valores fundamentais. A continuidade de seus desmandos e das iniqüidades consagradas naquele período tinha seguimento pela representatividade de uma das chapas então por ele apoiada.

A sereníssima e "divertida" figura (ao celular), comemora com os irmãos da Millennium 536,  a vitória na eleição do seu primeiro mandato que só  foi possível graças à ação impetrada pelo Ir Eduardo Cápua, que está ao seu lado. Registra-se a participação do Past Grão-Mestre Salim Zugaib.

           Perguntam-me, então, se não me arrependi de ter optado pela consagração de Francisco Gomes da Silva e por qual razão teria optado pela sua posse.
             Mas não é bem assim. O objetivo das demandas era fazer cessar aquele período de nefastidão, e o Francisco Gomes fora o segundo colocado. É lógico que num dado momento ficamos, todos nós que participamos dessa empreitada, entrincheirados pela incerteza quanto aos propósitos de Francisco Gomes, mas levando em conta julgamentos pessoais, agimos pela intuição. Eu, particularmente, insisti que ele deveria tomar posse, porque antes de tudo me parecia um homem bom, dotado de bons princípios, mesmo sem saber de sua formação moral, pois não o conhecia na extensão que um julgamento liminar necessita.
            Sempre tive em conta que o homem bom de alma tudo pode e tudo consegue, porque essa perfeição de caráter impulsiona à prática do bem, e quem pratica o bem não erra nunca. É como aquele que só fala a verdade: vai repetir sempre a mesma coisa.
           Quando me indagam fico triste, porque me equivoquei em meus juízos de valores. Poucas vezes apostei em pessoas ruins de coração, nenhuma vez as apoiei, e raríssimas vezes minha intuição falhou neste aspecto, porque não gosto de pessoas ruins de alma e quando minha intuição invoca não há argumento que faça me relacionar com estas pessoas.
          Então digo às pessoas, não me arrependo pelas ações judiciais, porque a meu ver e a de meus verdadeiros irmãos de ordem, lutava por uma causa justa, mas hoje entendo que fiz a opção pela pessoa errada.
           E digo que é a pessoa errada não por atos de administração, porque aí é questão de posicionamento quanto ao que verdadeiramente interessa à Ordem. É questão de aplicação de inteligência, uns têm, outros não, e assim não podemos somente criticar pela inoperância ou pelas opções que a nosso ver sejam erradas. Digo que é a pessoa errada porque vejo o Grão Mestre como uma pessoa ruim de coração. Nunca conseguiu se desprover de seus recalques e de seus antigos rancores. Nutre pelos irmãos que nunca o apoiaram em eleições passadas um desprezo imensurável e engana a todos com suas visitas às Lojas, sempre imbuído de pretensões eleitoreiras, mostrando-se afável e alegre com piadas inoportunas à frente de assuntos sérios. Mostra-se um perseguidor implacável, exercendo com abuso o poder de Grão Mestre, sonegando direitos e humilhando os que deveria proteger e orientar. Não é afeto ao diálogo para não ser contrariado.
    Ele, o Grão Mestre, é um homem mau.  Diverte-se com o sofrimento dos outros, tripudia sobre os mais humildes e persegue aqueles que julga serem uma ameaça para si. Não vi nas duas gestões um único ato de grandeza. E essa qualidade de ser mau ele exerce com soberba, sabendo arregimentar aliados, colocá-los sob seu jugo e fazer com que pratiquem aquilo que ele mesmo não tem coragem para exercer pessoalmente.
            Vejam, pois, o que ocorre na sua ante sala na GLESP. Lá posicionou um irmão que se presta a maltratar os que desejam ver o Grão Mestre, deferindo a todos uma rudeza e uma grosseria incompatível com a nossa irmandade. 
         Além disso, posicionou o referido irmão e o Secretário Interno para desferir grosserias contra os funcionários. Mal sabe o irmão que quando se queixa ao Grão Mestre recebe deste, pelas costas, a adjetivação de “babaca e filho da puta”. É assim que o Grão Mestre se refere a quem reclama junto de si, ou de quem lhe contesta.
Por tudo isso à pergunta se me arrependo do que fiz, digo que não, mas que errei quando optei por ele, e por isso peço perdão aos irmãos, a todos esses que são perseguidos, desprezados e hostilizados pelo Grão Mestre. Aos demais irmãos digo: erramos todos. Podemos nos corrigir. Façamos isso.
     Tudo o que está aqui registrado é parte de meus pensamentos e sensações, e nada tem a ver com o Blog e seu responsável, que democraticamente permite a postagem sem censuras. Assim procedo porque não tenho compromissos com Francisco Gomes da Silva, já que ele mesmo diz que não me deve nada, nem a ninguém, por sua eleição. Tenho compromisso ritualístico com o Grão Mestre da GLESP, desde que ele se disponha a ser um ser maior, melhor e mais compromissado com nossos princípios, e espero, sinceramente, que minha Loja e eu não sejamos perseguidos na Ordem pela expressão de meus sentimentos.

Ir. Eduardo José Capua de Alavarenga ("in memoriam")
ARLS Academia dos Esquecidos Millennium 536
Matéria publicada em julho de 2011

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