domingo, 13 de novembro de 2011

VERGONHA DE MIM...

 

Parafraseando o discurso creditado ao irmão Rui Barbosa, aqui na interpretação do ator Rolando Boldrin, apresento este material que talvez possa ser de utilidade para reflexão sobre o momento que atravessamos.

"Sinto vergonha de mim, por ter acreditado que pudesse fazer diferença a luta por justiça, pela honestidade, pela verdade; sinto vergonha ao ver os caminhos da desonra a que impunemente nos conduzem. Sinto vergonha de mim, por ter feito parte dos que lutaram por mudanças e acreditaram que a renovação do poder traria a democracia, a verdade, a transparência e a dignidade entre nós. Sinto vergonha de mim por ver a derrota das virtudes pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência impune, a indolência disseminada, o egoísmo institucionalizado. Tenho vergonha de mim quando me sinto fazendo parte dos que agem com passividade onde caberia despejar o verbo. Sinto vergonha de mim, que faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer; tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço...não tenho pra onde ir, pois amo esse meu chão! Jamais usei bandeiras institucionais para me enrolar ou assembleias oficiais para ufanar quem quer que fosse contra o que quer que seja; nunca confundi ou desvirtuei os propósitos donde me encontro.
Mas junto com a vergonha que sinto de mim, tenho pena do povo que de tanto ver triunfar nulidades e vaidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver prosperar os poderes nas mãos dos homens maus, chega a desanimar da virtude e ter vergonha de ser honesto e transparente no seu falar e no seu fazer!"

Neste blog, qualquer idéia pode ser aceita, rejeitada, discutida e comentada, pois este é um espaço democrático onde todos podem participar e exercer os próprios pontos de vista. Aproxima-se  momento de exercermos o poder de mudança; é hora de refletirmos sobre o futuro que desejamos para todos nós.

Ir. Edson Monteiro

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