23-07-2013 |
Escolas médicas |
Abem, FMUSP, Unifesp e Unicamp rejeitam Programa Mais Médicos do Governo Federal |
Cresce o número de escolas e entidades ligadas ao ensino da Medicina que rejeitam as medidas anunciadas pelo Governo Federal, em 8 de julho, dentro do Programa Mais Médicos. Em nota, a Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), que congrega mais de 140 escolas médicas, classificou as medidas de autoritárias, por terem sido decididas “sem consulta prévia às entidades e escolas médicas”. A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a Universidade Federal Paulista (Unifesp) e a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, também são contrárias ao programa. A nota da diretoria da FMUSP pede a retirada de pauta do Mais Médicos, considera temerária a criação de mais 11 mil vagas para graduação em Medicina e critica a ampliação do curso de 6 para 8 anos. Além de contrária ao curso de 8 anos e da abertura de novas vagas, a Unicamp considera fundamental a aprovação da destinação de, no mínimo, 10% do orçamento federal para o SUS. A Congregação da Escola Paulista de Medicina da Unifesp decidiu, por unanimidade, não aderir à proposta. “A nossa responsabilidade não nos permite. Esperamos que os brasileiros, que tanto lutaram pelo direito à saúde e construíram esta Escola pública nesses 80 anos, entendam os nossos argumentos e continuem confiando na qualidade da formação da Escola Paulista de Medicina”, afirma a nota divulgada pela instituição. O Conselho Universitário (Consu) da Unifesp também manifestou preocupação com o programa.
Confira a seguir as notas das instituições:
Comunicado da Associação Brasileira de Educação Médica - ABEM
Entidade que congrega mais de 140 escolas médicas pede a rejeição da MP 621
A Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), entidade reconhecida como de utilidade pública, que congrega em seu seio mais de 140 escolas médicas associadas, alguns milhares de associados individuais docentes e discentes, além de associados especiais como a Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), entre outras, há 50 anos está comprometida com o desenvolvimento da educação médica no país, visando à formação de um profissional capaz de atender às necessidades de saúde da população, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Por esta razão, a ABEM vem a público manifestar que continuará contribuindo, de maneira democrática e construtiva, com os processos de avanço em educação e saúde. Leia mais...
Nota Oficial - Medida Provisória Mais Médicos para o Brasil FMUSP critica criação de 11 mil vagas e ampliação do curso para 8 anos 1. A Diretoria da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) manifesta sua profunda preocupação quanto aos pontos centrais da Medida Provisória Mais Médicos para o Brasil, anunciada pelo Governo Federal no último dia 08 de Julho p.p., e seus impactos na formação médica no Brasil e o objetivo nacional de uma Saúde Pública de qualidade, pelos motivos que se seguem: Leia mais ...
Congregação da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
Carta aberta sobre o Programa Mais Médicos
Diante da Medida Provisória n° 621, de 08 de julho de 2013, que institui o Programa Mais Médicos, a Congregação da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, comprometida com a qualidade da atenção à saúde da população brasileira, bem como à educação e formação médica no país, em reunião extraordinária, posiciona-se e manifesta-se de forma propositiva e divulga: 1 – A FCM critica a maneira como o Governo está encaminhando essa discussão, de forma autoritária e precipitada, sem ouvir as Universidades públicas, Conselho Nacional de Saúde, Associação Brasileira de Ensino Médicas (ABEM) e entidades representativas da área da saúde; Leia mais... Manifestação da Congregação da Escola Paulista de Medicina - Unifesp Posicionamento da EPM sobre o programa "Mais Médicos" do Governo Federal
A Congregação da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, reunida extraordinariamente no dia 12 de julho de 2013, informa ao povo brasileiro, que neste momento estão matriculados nas áreas de saúde desta Escola 1.144 alunos de graduação, além de 1.032 médicos em programas de residência médica, 2.203 profissionais em programas de Pós-graduação (1.200 doutorandos e 1.003 mestrandos) e aproximadamente 10.000 profissionais matriculados em diversos cursos e programas de especialização.
Com a responsabilidade de uma instituição pública que somos, temos participado ativamente da elaboração e execução de programas dos Ministérios da Saúde e da Educação que visam à consolidação do Sistema Único de Saúde, ao aprimoramento da assistência, à formação e qualificação dos profissionais de saúde, com destaque ao Pró-Saúde, Pró-Residências e UNA-SUS. Julgamos que nossa capacidade de atuação no campo da saúde, da educação e produção de conhecimento, de uma maneira séria e eficiente para as áreas de saúde, é a missão que o povo brasileiro nos delegou e que tentamos cumprir nos nossos 80 anos de história. Leia mais...
Universidade Federal de São Paulo - Reitoria Nota do Consu sobre a proposta governamental Mais Médicos
O Conselho Universitário da UNIFESP, em reunião ordinária de 10 de julho de 2013, vem a público trazer a preocupação com a proposta do Governo Federal, que busca resolver a ampliação do acesso ao SUS, por meio de caminho que estreita a concepção de saúde respaldada pela constituição. Leia mais...
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quarta-feira, 24 de julho de 2013
ESCOLAS MÉDICAS X MEDIDA PROVISÓRIA
Postado por
Dr Edson Monteiro
às
quarta-feira, julho 24, 2013


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