Vejam o que
nos ensina o francês, Ir.'. Marius Lepage:
"As Lojas podem existir
sem Grandes Lojas ou Grandes Orientes, garantindo sua federação. O inverso, porém,
não é verdadeiro. Nem Grande Loja, nem Grande Oriente podem existir sem as
Oficinas chamadas “azuis”, que são sua base.
Assim, fica muito
claro a diferença entre a Ordem e a Obediência Maçônicas.
A Ordem – a
Franco-Maçonaria tradicional e iniciática – não tem origem historicamente
conhecida. Usando a expressão habitualmente empregada, podemos dizer que ela
data de “tempos imemoriais”;
“...antes do século
XIV nada encontramos que se possa ligar, com provas irrefutáveis, à Maçonaria.
Todos os documentos que possuímos estabelecem que foi da Maçonaria Operativa
que saiu nossa Ordem, e demonstram apenas isso, a não ser para aqueles que
suplementam fatos e fontes com a imaginação...” (F.Marcy, l´Histoirie du Grand
Orient de France).
As Obediências, ao
contrário, são criações recentes, das quais é possível – embora com algumas
dificuldades e imperfeições – descrever o nascimento, e cuja existência, a
partir daí, é bem conhecida na maior parte dos pormenores. Entretanto, se a
Ordem é universal, as Obediências, sejam elas quais forem, mostram-se
particularistas, influenciadas pelas condições sociais, religiosas, econômicas
e políticas dos países em que se desenvolveram.
A Ordem é, por
essência, indefinível e absoluta: a Obediência está sujeita a todas as
variações da fraqueza congênita ao espírito humano.
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
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