Caros Irmãos,
Esta matéria do Ir. Alfério, muito elucidativa, me fez lembrar um membro do TMR que me questionou se pratico o Esoterismo com "s" ou o Exoterismo com "x". Disse-lhe que pratico os dois, pois cada um tem o seu momento. Por exemplo, o blog "Pela Ordem" tem função exotérica, já as instruções, juramentos, iniciações, etc., tem conotação esotérica. O que ocorre exotericamente na maçonaria, deve chegar a todos: o de bom e o de ruim. Cabe-nos escolher os melhores dentre nós para dirigir nossas instituições maçônicas para que só o bem e o bom seja exotericamente noticiado, mas NUNCA esconder sujeiras debaixo dos tapetes. A pergunta de parecer inocente, pode ter a conotação crítica de dar sentido espúrio ao exoterismo, o que é, como vimos, ledo engano. Então, vamos à matéria, vamos nos ilustrar!
Ir. Edson Monteiro
-o0o-
"Vejam duas palavras
muito semelhantes, mas de significado totalmente diferente. O “Novo Dicionário
Básico da Língua Portuguesa – Aurélio” nos relata:
- ESOTÉRICO: 1)diz-se
do ensinamento que, em escolas filosóficas da antiguidade grega, era reservado
aos discípulos completamente instruídos. 2) todo ensinamento ensinado a circulo
restrito e fechado de ouvintes. 3) diz-se de ensinamento ligado ao ocultismo. 4)
compreensível apenas por poucos; obscuro; hermético.
- EXOTÉRICO: 1)diz-se
do ensinamento que, em escolas filosóficas da antiguidade grega, era
transmitido ao publico sem restrição, dado o interesse generalizado que
suscitava e a forma acessível em que podia ser exposto, por se tratar de
ensinamento dialético, provável, verossímil.
Referente à Maçonaria,
temos alguns relatos de conceituados Mestres:
Octaviano Bastos: “na
Maçonaria, a parte esotérica ou interna só é conhecida dos estudiosos e
compreendida dos homens de alma e faculdades privilegiadas, e por isso o
esoterismo da Ordem constitui a Iniciação íntima em todos os segredos e
tendências Maçônicas”.
Albert G. Mackey: “as
palavras esoterikós, interno, e exoterikós, externo, derivam do grego e foram usadas,
em primeiro lugar, por Pitágoras, cuja filosofia foi dividida em exotérica,
isto é, aquela que ensinava a todos; e a esotérica, ou aquela ensinada a alguns
poucos selecionados; dessa forma, os seus discípulos foram divididos em duas
classes, de acordo com o grau de Iniciação que tinham atingido... esse modo
dúplice de instrução foi imitado por Pitágoras dos sacerdotes egípcios, cuja
teologia eram de duas espécies – uma exotérica dirigida para o público em geral
e a outra esotérica, e limitada a um número selecionado de sacerdotes e aos que
possuíam ou estavam para receber o poder real. Dois séculos mais tarde,
Aristóteles adotou o sistema de Pitágoras, e no Liceu de Atenas, de manhã,
comunicava aos discípulos selecionados as suas sutis e ocultas doutrinas, e a
tarde, ensinava sobre assuntos elementares a uma assistência indistinta”.
Nicola Aslan: “como em
todas as escolas filosóficas e iniciáticas são inúmeros aqueles que não passam
do umbral. Por isso, inúmeros maçons, que não passaram do estudo do aspecto
social da maçonaria, não tendo conseguido compreender ou se interessar ao
aspecto esotérico e iniciático da instituição, tem-se mostrado desiludidos.
Porem, se por seus próprios esforços conseguirem retirar a venda que tem
sobre os olhos, há de lhes aparecer uma visão deslumbrante da “Luz” iniciática
e maçônica”.
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
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